Na manhã desta segunda-feira (9), milhares de moradores acordaram com uma megaoperação policial com pelo menos 1.000 policiais, mais de 10 blindados e 2 helicópteros sob o argumento do “enfrentamento ao crime organizado.” A operação ocorre no Conjuntos de Favelas da Maré, na Vila Cruzeiro, Cidade de Deus e Complexo do Alemão.
Segundo noticiado pelo próprio Governo do Rio de Janeiro, a megaoperação conta com o maior investimento em tecnologia já utilizado pelo governo estadual, com seis drones com câmeras de reconhecimento facial e leitura de placas no Complexo da Maré e uso de bodycams nos coletes de policiais, com imagens em tempo real enviadas ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Os drones possuem câmeras que fazem mapeamento de áreas em 3D, contam com zoom de longo alcance, além de reconhecimento de placas de veículos para identificar carros roubados.
Até este momento temos notícias de que 4 pessoas foram presas. A justificativa desta megaoperação com aparato de armas de guerra é para cumprir 100 mandados de prisão contra uma única facção de tráfico e retirada de barricadas.
O estado investe grande parte do seu orçamento para uma política de segurança pública que traz terror para a população, sem resultados concretos, gerando a suspensão do funcionamento de escolas e serviços de saúde, assim como impede milhares de pessoas de trabalhar.
A megaoperação deixou mais de 20 mil crianças sem aula. E, segundo informações, uma das principais apreensões de drogas foi justamente de um agente da própria polícia, na Penha. Um policial do 21° BPM estava com 100 quilos de cocaína em um carro e tentava sair da favela com a droga.
