Trabalhadores denunciam perseguição da COMLURB no Rio de Janeiro

Trabalhadores denunciam casos de perseguição da empresa, que busca com advertências ou suspensões, evitar novas manifestações.

Documento da Comlurb de suspensão enviado a funcionária que esteve na manifestação do dia 7 de outubro, na porta da sede da empresa, na Tijuca, Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução/Recebido por WhatsApp

Uma funcionária da Comlurb – Companhia Municipal de Limpeza Urbana foi suspensa pelo motivo de “invasão do edifício da Sede da COMLURB”, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. denunciam que há mais casos de perseguição da empresa, que busca advertências ou suspensões a funcionários que estiveram presentes na manifestação do dia 7 de outubro, na porta da sede, como retaliação aos trabalhadores.

“Não invadimos não, mano. Na porta de vidro, na entrada principal, o segurança nos orientou a entrar pelo portão ao lado. Chegando lá, pedimos o vigia para protocolar o documento. O vigia abriu o portão para nós entrarmos. Não invadimos! Se a gente tivesse invadido, os policiais e a Guarda Municipal não deixaria, logo não invadimos…”

Funcionário da por mensagem via WhatsApp.

Em áudio, trabalhadora afirma que não houve qualquer “invasão” por parte dos manifestantes, como diz a COMLURB:

A manifestação citada reuniu diversos da limpeza urbana do na porta do Sindicato do Asseio, que também fica no bairro da Tijuca. Do sindicato, os Garis caminharam em protesto até a rua Major Ávila, sede da COMLURB. Em um texto divulgado na época, os trabalhadores informaram algumas reivindicações: “Diante da covardia com a troca do plano de saúde, condições de trabalho e pautas salariais sem respostas, os trabalhadores e as trabalhadoras da decidiram seguir a luta e exigir explicações…”

O Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do não esteve presente em nenhuma das recentes manifestações da categoria, ignorando o seu papel de defender o setor, denunciam manifestantes. A omissão do sindicato é tratada pelos trabalhadores como um “fechamento” do sindicato com a própria e a Prefeitura. Não parece ser novidade. Em 2014, na histórica “Greve dos Garis”, esse mesmo sindicato também não apoiou a categoria, aliando-se justamente a quem deveria combater.

Dia 28 de outubro, próxima quinta-feira, a categoria marcou um novo ato em defesa de seus direitos, por reajuste salarial e outras demandas. Os trabalhadores prometem levar os documentos de suspensão e possíveis advertências que tenham sofrido.

Documento da de suspensão enviado a funcionária que esteve na manifestação do dia 7 de outubro, na porta da sede da empresa, na Tijuca, Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução/Recebido por WhatsApp

Recebemos na noite desta segunda-feira (25) mais uma imagem de um trabalhador da limpeza urbana do Rio de Janeiro, que recebeu suspensão da por ter participado da manifestação do dia 7 de outubro.

Documento da de suspensão enviado a outro trabalhador que esteve na manifestação do dia 7 de outubro, na porta da sede da empresa, na Tijuca, Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução/Recebido por WhatsApp

Atualizado às 23h 15m do dia 25/10/2021.

Mídia1508

A 1508 é um coletivo de jornalismo independente anticapitalista, dedicado a expor as injustiças sociais brasileiras e a noticiar as mobilizações populares no Brasil e no mundo.

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