A indígena Kaingang Daiane Griá Sales, de 14 anos, foi encontrada morta, na tarde de quarta-feira (4), no Setor Estiva, da Terra Indígena do Guarita, no município de Redentora, noroeste do Rio Grande do Sul. Moradora do Setor Bananeiras, a adolescente estava em uma lavoura próxima a um matagal, nua, e com as partes do corpo da cintura para baixo arrancadas e dilaceradas, com pedaços ao lado dela.
Maior reserva do estado, com 14 mil hectares, a Guarita foi redemarcada em 1997 e abriga mais de 7 mil indígenas em 18 setores: 16 Kaingang e dois da etnia Guarani. Uma fonte que trabalhou por muitos anos na região declarou ao portal Sul21 que crianças e jovens da comunidade enfrentam uma realidade muito difícil, convivendo com estupros, raptos, encarceramentos e outros tipos de violência. Ainda segundo o relato, esta situação tem sido agravada pelo aumento da presença não-indígena no território.
A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) divulgou uma nota denunciando o crime cometido contra a jovem. A nota afirma:
“Temos visto dia após dia o assassinato de indígenas. Mas, parece que não é suficiente matar. O requinte de crueldade é o que dilacera nossa alma, assim como literalmente dilaceraram o jovem corpo de Daiane, de apenas 14 anos. Esquartejam corpos jovens, de mulheres, de povos. Entendemos que os conjuntos de violência cometida a nós, mulheres indígenas, desde a invasão do Brasil é uma fria tentativa de nos exterminar, com crimes hediondos que sangram nossa alma. A desumanidade exposta em corpos femininos indígenas precisa parar!”
A entidade assegura que não deixará esse crime passar impune e que as mulheres indígenas não serão silenciadas. E acrescenta: “Nossos corpos já não suportam mais ser dilacerados, tombado há 521 anos. Que o projeto esquartejador empunhado pela colonização, violenta todas nós, mulheres indígenas há mais de cinco séculos. Somos 448 mil Mulheres Indígenas no Brasil que o estrupo da colonização não conseguiu matar e não permitiremos que a pandemia da violência do ódio passe por cima de nós”.
Prezadas Senhoras, colegas venho por intermédio deste solicitar imediata providencis de urgência com esta imensa crueldade e crimes que vem scontecendo qual infelizmente nunca são noticiados casos de que merecem destaque e sim aquelas que nos deixam em choque. Sugestôes procurem instâncias Internacionais que não seja só quando é mulher também com o homem porque todos somos SERES HUMANOS.