Nesta segunda-feira (11), por volta das 6 horas da manhã, o fotógrafo Tandy Firmino teve sua casa arrombada durante uma operação da Polícia Militar (PM) na favela Santa Marta, Zona Sul do Rio de Janeiro. Moradores denunciam que diversas casas foram invadidas por policiais da UPP Santa Marta.
Firmino conta que foi acordado com um fuzil apontado para sua cara.
Ele é o criador do grupo de voluntários de sanitização contra o novo coronavírus na favela, o Santa Marta contra o Covid19. Firmino é também o coordenador e repórter fotográfico do projeto.
Firmino e sua filha dormiam, quando a polícia invadiu a casa. Ele relata que os PMs não tinham mandado e que quebraram a porta para invadir sua casa:
“A realidade do morador de favela é essa aqui (…) minha filha acordada, chorando (…) eu fui abordado dentro de casa, dentro da minha casa, arrebentaram a porta da minha casa”, diz o fotógrafo, revoltado com a situação.
Outra denúncia feita por Firmino – e por outros moradores – é de que várias casas são invadidas pela PM com uma espécie de “chave mestre”.
Segundo informações, a CDH (Comissão de Direitos Humanos) da OAB recebeu a denúncia de violação de direitos e vai investigar.
Considerado “asilo inviolável” pela Constituição, o domicílio não pode ser invadido por autoridade policial sem que haja devida autorização judicial ou flagrante delito que justifique a ação.