Com a paralisação de eventos, por conta da pandemia do coronavírus, muitos profissionais da área de entretenimento estão sem trabalho e sem remuneração. Diante disso, roadies e profissionais da área técnica de shows organizaram uma manifestação neste domingo (2/8), em São Paulo.
O protesto ganhou o nome de “Passeata com Cases”. Case é a “caixa” na qual roadies carregaram equipamentos dos artistas. Cada um levou um case para o protesto – respeitando as regras de distanciamento e uso de máscaras.
Segundo os organizadores, a pandemia do coronavírus trouxe “o verdadeiro pesadelo do apagão”. A reivindicação do grupo é por um plano emergencial para a categoria e pela revisão das leis para o setor, que “não mais atendem a realidade e necessidades da Área Técnica”.
“Somos os profissionais que ninguém vê, mas, sem o nosso trabalho, nenhum artista sobe ao palco, nenhuma marca apresenta o seu produto, nenhum aplauso será ouvido. Sim, nós empurramos cases, mas também fazemos o show acontecer”, escreveram os profissionais em um manifesto.
O setor de shows foi o primeiro a parar e é previsto para ser o último a retomar, por conta da preocupação com aglomerações sociais. “Quem é freelancer não tem nada”, lembraram os manifestantes.
O grupo se reuniu na Avenida Pedro Álvares Cabral, nas imediações do Parque Ibirapuera, passou pelo Monumento às Bandeiras, e terminou em frente a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
O que reivindicam
As principais reivindicações dos manifestantes são:
- definição dos protocolos de segurança para a retomada do setor ao trabalho;
- auxílio emergencial até o fim do estado de calamidade pública ou até que seja autorizada a realização de eventos;
- cursos de capacitação para os profissionais, de modo que possam atuar como trabalhadores formais;
- criação de um Comitê de Eventos no Conselho Nacional de Turismo para identificar e discutir questões do setor de eventos;
- criação de uma linha de crédito voltada para o setor de eventos, visando, principalmente, o pagamento da folha de salários e das despesas das empresas.