1° Ato contra o aumento da tarifa do transporte em SP

Confronto entre e manifestantes começou quando a PM reprimiu os jovens que se abrigavam da chuva e dispersavam na estação Trianon-Masp. Tarifa passou para inacreditáveis R$ 4,40.

O contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo, que passou para R$ 4,40 no dia 1° de janeiro, terminou em um confronto entre policiais e manifestantes na estação Trianon-Masp do nesta terça-feira (7).

O ato começou em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, Centro da capital paulista, e seguiu em caminhada até a Avenida Paulista. Os manifestantes empunharam bandeiras e cartazes, e entoaram gritos de como: “A cidade vai parar se o povo se unir”, “trabalhador, presta a atenção, a nossa luta é contra o aumento do busão”, “fecha, fecha, o terminal, pula a catraca”. Por volta das 20h30, quando a chuva se intensificou na região, os manifestantes começaram a dispersar e tentaram se abrigar, em grande volume, na estação do Metrô. Próximos às catracas, no entanto, estava uma linha de policiais militares, que reprimia a multidão.

As pessoas passaram a gritar pelo “fim da Militar”, alguns jogaram tinta vermelha na direção dos policiais e um dos escudos foi atingido. A quantidade de policiais e manifestantes aumentou na catraca da estação Trianon-Masp. Por volta das 21 horas houve um confronto entre policiais e manifestantes, que ficaram encurralados após subirem as escadas, pois a estação foi fechada. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas e os policiais também utilizaram spray de pimenta. Manifestantes, em resposta à repressão, quebraram vidros da estação.

Alguns manifestantes foram detidos e levados ao 78º Distrito Policial dos Jardins.

Foto: reprodução internet

Reivindicação

A manifestação foi convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL). No anúncio do nas redes sociais, os manifestantes dizem que os governantes anunciaram o aumento de R$ 0,10 como algo menor, mas, para a população a tarifa é um peso no orçamento de qualquer trabalhador e trabalhadora e deveria ser reduzida.

“Mesmo com a crise econômica e as altas taxas de desemprego, no último dia 20, Doria e Covas anunciaram mais um aumento: 10 centavos na tarifa unitária, 17 centavos na integração. O anuncio foi feito com uma tentativa de acalmar os ânimos argumentando que o aumento ainda é abaixo da inflação. Mas o argumento não se sustenta pois, se os aumentos seguissem sempre a inflação, hoje a tarifa teria que ser reduzida, não subir ainda mais. Além disso, se o transporte é um direito, a tarifa nem deveria existir”, diz o texto.

O aumento abusivo

O aumento é de 2,33%. As novas tarifas foram encaminhadas no dia 20 de dezembro de 2019 para os presidentes da Câmara Municipal e para a Assembleia Legislativa. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) protocolou uma carta na Prefeitura solicitando que o prefeito não reajuste a tarifa de ônibus.

O Idec argumenta que a Prefeitura pode segurar esse aumento reajustando o valor de subsídio para o sistema e que um aumento no ônibus tem um grande impacto para a cidade. O instituto também argumenta que a Prefeitura não gerencia o sistema de transporte da cidade de maneira eficiente.

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Mídia1508

A 1508 é um coletivo de jornalismo independente anticapitalista, dedicado a expor as injustiças sociais brasileiras e a noticiar as mobilizações populares no Brasil e no mundo.

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