A família do adolescente Ray Pinto Faria, de 14 anos, acusa a Polícia Militar (PM) pela morte do menino. Segundo parentes do jovem, ele estava na porta de casa, jogando no celular, quando foi abordado e levado por policiais que faziam uma operação no Morro do Fubá, no Campinho, na Zona Norte do Rio.
Os familiares ficaram horas sem saber o paradeiro de Ray, e afirmam que só depois foram informados de que ele estaria no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, onde foi encontrado morto com marcas de tiros.
A morte do menino gerou revolta em amigos e familiares, que protestaram pedindo justiça e investigação sobre o assassinato do adolescente.
Em ato na tarde desta segunda-feira (22), um ônibus foi destruído.
Em novo protesto à noite, outro ônibus foi incendiado na Estrada Intendente Magalhães, na altura da Rua Cândido Benício, em Campinho.
“Na UPA de Campinho, um maqueiro que nos informou que três pessoas feridas de um confronto policial deram entrada no Salgado Filho. Quando eu fui reconhecer o corpo, vi que ele estava com dois tiros, um no abdômen e outro na coxa”, contou um primo de Ray.
“Por volta das 5h40 da manhã, ele estava jogando na porta de casa no telefone dele. Não tinha nada demais. O Ray não estava armado, não tinha rádio, não tava nada. Ele estava apenas sentado pegando o wi-fi”, disse o primo que contou ainda que questionou os policiais presentes na favela, que negaram ter levado alguém com as características do menino.
O tio de Ray denunciou que os policiais não deram assistência ao adolescente. Ele nega que tenha havido troca de tiros no momento.
“Os policiais não deram nenhuma assistência. Levaram ele pra outra comunidade, junto com dois corpos que já estavam lá e levaram pro Salgado Filho. Sequer teve amor pela vida de outra pessoa. Ele era menor de idade. Entram na nossa comunidade, fazem arruaça como sempre fizeram, entra na casa de moradores. Aí, dessa vez, vieram e mataram meu sobrinho”, critica o parente em entrevista à ONG Rio de Paz.
Moradores também acusam policiais de terem retirado câmeras de segurança de uma padaria, que teriam filmado à abordagem aos manifestantes.
O QUE QUE O DONO DA VIAÇÃO TEM A VER COM ISSO ?