Nesta sexta-feira (13) começa a Mostra do Filme Marginal, uma iniciativa que tem por objetivo valorizar e divulgar produções audiovisuais independentes, abrindo espaço para trabalhos que coloquem na tela personagens e temáticas socialmente marginalizadas.
Vale destacar que a Mostra tem em sua organização integrantes que também fazem parte da Mídia1508, parte de um projeto que visa atuar em diversas áreas da comunicação.
Em sua 4ª edição, com exibições entre os dias 13 e 22 de setembro, a Mostra traz o tema “Divertir, Instruir e Emancipar” inspirado no Cinema do Povo, o primeiro cineclube documentado da história.
A partir desse conceito, a Mostra do Filme Marginal se posiciona como um catalisador para a transformação e o empoderamento, incentivando a criatividade e a expressão artística de filmes independentes. A abordagem oferece um equilíbrio entre entretenimento e conscientização, estimulando o público e cineastas a serem protagonistas de sua própria história.
Mais de 100 filmes em 10 dias de programação
Nesta edição a Mostra do Filme Marginal exibirá mais de uma centena de filmes incluindo as favelas e periferias das cidades. As exibições são realizadas em espaços descentralizados e não convencionais de cinema com intuito de ampliar o acesso à produção audiovisual nacional.
A Mostra terá boa parte de seus filmes exibidos no cinema Estação Net Botafogo, zona sul do Rio. Ela estará presente também na zona norte da cidade: Nave do Conhecimento – Complexo do Alemão, Escola Municipal Professora Maria de Cerqueira e Silva em Manguinhos, Biblioteca Parque de Manguinhos e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Maracanã. No Centro do Rio: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e no espaço cultural Chopp Reflexivo, que contará com show da banda Os Vulcânicos.
A programação completa no site da Mostra:
https://mostradofilmemarginal.com/programacao-2024/
Diversidade e Equidade
Neste ano, Hugo Anikulapo Lima, Leila Xavier, Milena Manfredini, Rosa Miranda e Uilton Oliveira assumem a curadoria, que é construída com o intuito de oferecer a maior diversidade de temáticas, dando ênfase à crítica social sem deixar de lado a discussão estética. A programação aborda assuntos sensíveis da atualidade, como racismo, questões LGBTQIAPN+ e de gênero, direito à cidade, juventude e violência, e processos de superação de desigualdades. A seleção de filmes que tratam de temas sociais, políticos e culturais relevantes e urgentes permite que a mostra atue como um espaço de reflexão e discussão sobre pautas frequentemente negligenciadas.
Ao oferecer uma variedade de filmes independentes de qualidade, a Mostra contribui para a formação de um público mais crítico e aberto a diferentes formas de expressão. Isso pode resultar em um aumento da demanda por filmes autorais e uma compreensão mais profunda da linguagem cinematográfica.
Espaço de Debate e Formação Audiovisual
Destacamos a abertura da Mostra que após as exibições ocorrerá um debate sobre o genocídio e o desaparecimento forçado de pessoas pretas e periféricas com Giselle Florentino, Hamilton Borges, Luis Carlos de Alencar e Nívia Raposo.
Outros destaques: no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, dia 20 de setembro às 14h, a sessão religiosidade Afro-brasileira terá debate com Helena Teodoro, Ivanir dos Santos e Mariana Gina. Mediação de Rachel Aguiar. E a sessão Cinemas Negras – a estética do cinema negro feminino contemporâneo, no Estação Net Botafogo, dia 21 de setembro às 16h, que contará com a participação da cineasta e curadora Rosa Miranda.
A Mostra é comprometida com o enfrentamento às desigualdades sociais em um mundo em constante transformação. É essencial que as formas de expressão artística não apenas reflitam a realidade, mas também inspirem mudanças. A realização de debates sobre questões sociais importantes e oficinas de formação audiovisual enriquecem a experiência da Mostra. Isso cria um espaço para diálogos construtivos, onde o público pode interagir entre si, com cineastas e especialistas, aprofundando a compreensão dos temas apresentados.
A formação marginal da Mostra conta com as oficinas Cinema Negro e Filosofia Yoruba, com Helena Theodoro, Rachel Aguiar e Rejane Neves; O cinema que nos Une, com Antônio Molina; Curadoria Decolonial: A política do olhar na constelação das imagens, com Milena Manfredini; Produção Executiva ao Alcance do Braço, com Luis Carlos de Alencar; Introdução a Distribuição de Curtas-metragens Gambiarras, com Uilton Oliveira; Saberes Populares, Formações Insurgentes, com Giuliano Lucas; e Oficina de Direção Cinematográfica, com Hugo Anikulapo Lima.
Realizadoras
A 4ª Mostra do Filme Marginal é realizada pelas produtoras C41 e Corpo Fechado e foi contemplada no Pro-Carioca Audiovisual 2023 – Edital de Apoio à Produção de Mostras e Festivais de Audiovisual, Lei Paulo Gustavo, lançado pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro através da Rio Filme.
Serviço:
Mostra do Filme Marginal
De 13 a 22 de setembro de 2024
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