Na noite desta segunda-feira (12), manifestantes protestaram contra morte de jovem na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.
Revoltados, os moradores fizeram barricadas e queimaram madeiras e pneus. Um veículo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi tombado pelos manifestantes. Alguns ônibus foram atravessados para bloquear as avenidas Hebe Camargo e Giovanni Gronchi.
Eles denunciam a morte do jovem Nicolas Alexandre, de 19 anos, na região após uma ação da Polícia Militar no último sábado (10). O crime ocorreu na rua Ernest Renan, em Paraisópolis.
A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e granadas explosivas de som contra a população local.
Paraisópolis é a maior favela de São Paulo em população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São mais de 58 mil pessoas.
A polícia justifica o assassinato de Nicolas por um suposto envolvimento com a venda de drogas, nada comprovado até o momento.
De qualquer forma, não existe lei que permita a execução ou assassinato de uma pessoa por possível atuação com o varejo de drogas.

