Na manhã desta quarta-feira (12), Djalma de Azevedo Clemente, uma criança de apenas 10 anos de idade morreu brutalmente por um tiro de arma de fogo durante uma operação da Polícia Militar no distrito de Inoã, na cidade de Maricá (RJ), região metropolitana do Rio de Janeiro.
Djalma estudava na Escola Municipal Professor Darcy Ribeiro e foi baleado próximo ao conjunto habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, no bairro de Inoã. Ele estava uniformizado ao lado da mãe e a caminho da escola no momento do crime.
“O meu filho é inocente. Ele é especial. Todo mundo aqui conhece. Eu levo ele para o colégio todo dia, até para o CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) ele estava indo para fazer direitinho um tratamento. Tiraram a vida do meu filho para quê?”, disse a mãe da criança. Ela afirma que o tiro veio de um dos policiais.
Revoltados, moradores protestaram contra o assassinato do menino. Eles levantaram barricadas com madeiras, lixos e colocaram fogo.
Segundo um levantamento da ONG Rio de Paz, Djalma de Azevedo é a oitava criança com idade entre 0 e 14 anos morta pela violência no estado do Rio de Janeiro em 2023.
Segundo os dados do Instituto Fogo Cruzado, apenas em 2023, quinze crianças foram baleadas em municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro. Seis morreram. Esse número já ultrapassa o total de crianças vítimas de disparos de armas de fogo em todo o ano passado, quando oito crianças foram baleadas. Seis dessas crianças foram baleadas em operações da polícia e duas em confrontos entre organizações criminosas.
A lista de crianças mortas por armas de fogo na Região Metropolitana do Rio de Janeiro cresce ano após ano. Desde 2007, já foram 99 mortes.
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Fontes: EBC, O Globo e Brasil de Fato