Trabalhadores da Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) interditaram as principais vias do Centro da cidade, na tarde desta quarta-feira (20), reivindicando melhores condições de trabalho.
Felipe Luther, trabalhador da limpeza urbana da cidade há 12 anos, afirma que o grupo deseja o retorno do maquinário de apoio no trabalho, entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e distribuição de materiais necessários para a proteção da saúde dos garis. Melhorias no salário e o cumprimento da medida, determinada em 2015, que prevê que a empresa higienize os uniformes dos trabalhadores, ou que uma empresa seja contratada para fazer a limpeza.
“Nós estamos aqui reivindicando direitos nossos que foram conquistados no decorrer de 2014, mas que nos é negado. Queremos que respeitem as orientações dos médicos que fizeram laudos restritivos para os trabalhadores que vêm adoecendo por falta de maquinário e excesso de trabalho. Pedimos ajuda à população para que tenhamos mudança dentro do nosso quadro de trabalho”, disse Felipe durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
O protesto contou com mais de 500 garis, e caminhou da Central do Brasil até a Prefeitura, no Centro da cidade. Para tentar enfraquecer a manifestação, as gerências atrasaram a liberação dos trabalhadores, e o sindicato também não esteve presente.
Assim que chegaram à frente da Prefeitura, os trabalhadores foram impedidos de entrar. Após fecharem a Av. Presidente Vargas, a Prefeitura voltou atrás e permitiu a entrada de um grupo de manifestantes. Eles protocolaram suas reivindicações junto ao governo municipal.
O prefeito Eduardo Paes tem até o dia 28 para responder, data já marcada de outra manifestação da categoria. Dia 28 de outubro, quinta-feira da próxima semana, os trabalhadores marcaram um novo ato em defesa de seus direitos, por reajuste salarial e outras demandas.