Soldados israelenses abriram fogo e mataram um jovem palestino em um protesto que eclodiu na quinta-feira, dia 29 de julho, durante o funeral de Mohammed al-Alami, menino palestino de apenas 12 anos morto a tiros por soldados um dia antes, segundo o Ministério da Saúde palestino.
A repressão ao cortejo do menino Alami, na quinta-feira (29/7), levou a morte mais um jovem palestino, Shawkat Khalid Awad, assassinado por disparos do exército israelense. Khalid protestava contra a violência do Estado de Israel.
“Shawkat Khalid Awad, de 20 anos, morreu de ferimentos à bala na cabeça e no estômago em Beit Ummar”, informou o Ministério.
Os soldados israelenses dispararam gás lacrimogêneo, balas revestidas de borracha, e granadas de choque contra os palestinos que assistiam ao cortejo fúnebre de Mohammed al-Alami.
Alami morreu na quarta-feira (28/7) após ser baleado por soldados israelenses enquanto viajava em um carro com seu pai na cidade ocupada de Beit Ummar, na Cisjordânia, a noroeste de Hebron.
Segundo os moradores, não houve distúrbios na área no momento dos disparos. Mohammed al-Alami foi baleado no peito e levado para o hospital em Hebron, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu algumas horas depois.
Os soldados atiraram contra o carro da família palestina por não parar em um posto de controle israelense, acertando mortalmente o menino.
Alami foi o segundo jovem palestino morto por soldados israelense em dias, depois que Mohammed Munir al-Tamimi, de 17 anos de idade, morreu no sábado (24/7) de ferimentos a bala sofridos no dia anterior na vila palestina de Nabi Saleh, a noroeste de Ramallah.
E na noite de terça-feira (27/7), um palestino de 41 anos foi morto a tiros, também perto de Beita, na Cisjordânia, cerca de 10 quilômetros ao sul de Nablus, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Shadi Salim, pai de cinco filhos, que trabalhava para o município palestino local, tinha ido à cidade para consertar um problema com o abastecimento de água, disse o morador Abu Abdullah à CNN internacional, quando foi morto a tiros por soldados israelenses. “Shadi tinha ferramentas com ele e chaves para encanamento. Eles o mataram a sangue frio”, disse Abu Abdullah.
Salim e Alami foram assassinados por não pararem em postos de controle do Exército de Israel, criados a partir de uma verdadeira invasão militar em território palestino, tratado internacionalmente como ocupação. A Cisjordânia é um território palestino ocupado por Israel desde 1967, refletindo assim um verdadeiro apartheid ao povo palestino. As colônias hebraicas no território são consideradas ilegais segundo o direito internacional.