Manifestantes entraram em confronto com a polícia neste domingo (11) em Brooklyn Center, cidade próxima a Mineápolis, após um policial assassinar um homem negro durante uma abordagem. A morte de Daunte Wright, de 20 anos, ocorreu a cerca de 15 km de onde George Floyd foi morto, em maio do ano passado, também durante uma ação da repressão nos Estados Unidos.
Wright foi baleado pouco antes das 14h de domingo após ser parado por uma infração de trânsito. Sua mãe contou a jornalistas que o filho lhe telefonou para avisar que a polícia o parou por ter purificadores de ar pendurados no espelho retrovisor, algo que é ilegal no estado do Minnesota. Quando voltou a ligar ao filho, Katie Wright ouviu a voz da namorada do jovem, que lhe disse que ele estava morto.
Os manifestantes se reuniram pouco depois do ocorrido, superando os traumas do outono passado, quando o país ardeu em chamas em meio aos protestos contra a violência policial. Alguns deles subiram nas viaturas policiais; outros saquearam algumas lojas. Cerca de 200 foram até a delegacia de Brooklyn Center e jogaram pedras e outros objetos contra os agentes, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e tiros com balas de borracha.
Julgamento do caso George Floyd
A morte ocorre durante o julgamento de Derek Chauvin, ex-policial de Mineápolis acusado de matar George Floyd, que entra hoje em sua terceira semana de depoimentos.
Durante uma abordagem, Chauvin ajoelhou-se sobre o pescoço Floyd, que já estava algemado, asfixiando-o até a morte. Floyd repetiu “eu não consigo respirar” por 27 vezes enquanto Chauvin o sufocava, durante 9 minutos e 29 segundos. Ele tinha 40 anos e havia sido detido por suspeita de usar notas falsas em um mercado.
O assassinato despertou uma onda de protestos antirracistas no mundo inteiro, impulsionando o movimento “Black Lives Matter” (Vidas Pretas Importam).