#14J: Brasil amanhece em chamas contra a Reforma da Previdência

Nesta sexta-feira, 14, dia da Greve Geral convocada contra o projeto de reforma da Previdência e o corte de verbas na Educação pelo governo Bolsonaro, cidades em 26 estados e no Distrito Federal registraram protestos e paralisações.

Foto: Rafael Daguerre / Mídia1508

Nesta sexta-feira, 14, dia da Geral convocada contra o projeto de reforma da Previdência e o corte de verbas na Educação pelo governo Bolsonaro, cidades em 26 estados e no registraram protestos e paralisações em serviços públicos. No início da manhã, as grandes cidades do país já sentiam os efeitos da paralisação dos trabalhadores, principalmente pelo transporte público e fechamento de vias. Das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de ônibus afetado pela mobilização. Considerando trem e metrô também, o número chega a 21.

O estava com o transporte público operando normalmente, mas com bastante congestionamento devido ao fechamento de vias importantes. Mais uma vez, o sindicato dos Rodoviários, que em assembleia aprovou a paralisação, furou a greve. Diversos pontos do Rio de Janeiro tiveram concentração de manifestantes que se reuniram em grupos lutando pela Geral. Bloquearam diversas vias, principalmente as de acesso ao Centro do Rio. Por volta das 10 horas da manhã, parte do objetivo tinha sido realizado, o trânsito na cidade chegava a 25 km (a média das últimas três sextas-feiras para o horário foi de 55 km). O intuito dos bloqueios era que a economia (os patrões) da cidade fosse afetada.

Por volta das 5:30 da manhã manifestantes já bloqueavam ruas pelo Centro do Rio / Foto: Rafael Daguerre – Mídia1508

Por volta das 5:30 da manhã, movimentos sociais bloquearam a Leopoldina, região central da cidade. Policiais usaram gás de pimenta e cassetetes para reprimir a manifestação. Os manifestantes, entre e estudantes, permaneceram bloqueando parte da rua e marcharam com gritos contra a reforma da Previdência e a violência policial.

Um pouco mais a frente bloquearam parcialmente o trânsito próximo à prefeitura, na Cidade Nova. Em seguida, o ato voltou pela região da Leopoldina em direção à Avenida Brasil.

 

Outra manifestação ocorreu na Avenida Brasil, na altura do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no bairro do Caju, também na Zona Norte, onde policiais militares lançaram bombas contra os manifestantes. Pouco depois das 7h30, os PMs jogaram deliberadamente bombas de gás e de efeito moral nos manifestantes para tentar acabar com o protesto. Policiais chegaram a apontar armas com bala de borracha para pessoas.

Manifestantes bloquearam a Leopoldina, Centro do Rio / Foto: Rafael Daguerre – Mídia1508

Ato tarde e noite

O dia de Geral foi marcado por passeatas e mobilizações em todo o estado do Rio de Janeiro. Durante a manifestação que reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo os organizadores, a PM atacou e estudantes lançando bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha. Um forte contingente policial acompanhava a manifestação desde o início da concentração do ato que não pôde ser concluído devido à repressão.

Manifestantes ocupam a Avenida Presidente Vargas, centro do Rio / Foto: Rafael Daguerre – Mídia1508

Durante a manifestação, e estudantes entoaram palavras de ordem contra as mudanças nas regras da aposentadoria que poderão afetar a parcela da população mais pobre do país: “Eu não abro mão da Previdência e nem da educação”, “A nossa luta unificou é estudante junto com trabalhador”, entre outras.

Houve paralisações nos transportes públicos também no Distrito Federal, em Salvador, em Belo Horizonte e em Curitiba, entre outras cidades. Segundo informações, por volta de 10 horas da manhã pelo menos 25 Estados e o DF foram afetados. Funcionários da Petrobras também iniciaram uma durante a madrugada em refinarias e terminais em oito Estados em contra a reforma previdenciária e o programa de venda de ativos da petroleira estatal, de acordo com a Federação Única de Petroleiros (FUP).

Manifestantes fazem barricadas nas ruas do Centro do Rio / Foto: Rafael Daguerre – Mídia1508
Manifestantes queimam boneco do presidente Bolsonaro / Foto: Rafael Daguerre – Mídia1508
Foto: Rafael Daguerre – Mídia1508
Foto: Rafael Daguerre – Mídia1508

Rafael Daguerre

Fotógrafo, Repórter, Editor e Documentarista

Um dos fundadores da Mídia1508. "Ficar de joelhos não é racional. É renunciar a ser livre. Mesmo os escravos por vocação devem ser obrigados a ser livres, quando as algemas forem quebradas" ― Carlos Marighella.

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