Milhares de mulheres foram às ruas, em diversas localidades na Argentina, em protestos alusivos ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres (25N). Em Buenos Aires, uma marcha foi realizada no dia 26, chamada pela Assemblea Feminista Autoconvocada. Além de denunciar a violência contra as mulheres, o movimento voltou a defender a legalização do aborto e repudiou as políticas do G20.
Organizações de mulheres também promoverão diversas atividades durante a Semana de Ação Global, entre os dias 25 e 30 de novembro, com o objetivo de combater as políticas defendidas pelo G20, que atingem mais profundamente as mulheres. Para ver a programação completa, clique aqui
Foro Feminista Contra el G20
A programação conta com atividades promovidas pelo Foro Feminista Contra el G20. A iniciativa tem suas raízes ligadas à Cúpula dos Povos, articulação realizada em 2017 contra a conferência da Organização Mundial do Comércio (OMS), também em Buenos Aires.
O fórum denuncia a apropriação da retórica feminista por parte de corporações e agências internacionais alinhadas ao imperialismo. Por isso, pretende evidenciar as bandeiras e especificidades de mulheres camponesas, transexuais, indígenas, negras, periféricas e imigrantes no combate à agenda política do G20.
Sobre o 25N
O Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres foi criado no I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, em 1981, em memória das irmãs Mirabal (Patria, Minerva e María Teresa). Militantes do Movimiento Revolucionario 14 de Junio, que combatia a ditadura na República Dominicana, as irmãs foram seqüestradas, estupradas, torturadas e assassinadas, sob as ordens do ditador Rafael Leónidas Trujillo.