No último dia 24 de julho, milhares de pessoas realizaram uma manifestação pró-Palestina com o lema “Acabem com a fome na Palestina”, em Berlim, capital alemã. Apesar da natureza pacífica do protesto, a polícia de Berlim respondeu com agressão física e prisões arbitrárias.
Uma mulher foi puxada pelo cabelo por um policial e foi presa, sendo seguidamente agredida.
“A violência policial em massa: documentei como as pessoas foram brutalmente socadas no rosto sem resistência. Desproporcional, horrível, inaceitável. O vídeo mostra a realidade”, escreveu um dos autores das imagens.
Vários policiais foram vistos socando e chutando alguns manifestantes.
Este não é um caso isolado, mas parte de uma crescente repressão contra quem se posiciona em solidariedade — de forma pacífica ou não — à Gaza. O objetivo é silenciar a verdade, impor medo para que as pessoas não se manifestem contra o genocídio que sofre o povo palestino.
Um manifestante, que também registrou imagens das agressões, escreveu: “solidariedade não é crime”.
Em um vídeo é possível ver um manifestante aparentemente desacordado pela violência da polícia, que tenta acordá-lo.
Os manifestantes se reuniram perto do icônico Checkpoint Charlie, no centro de Berlim, para denunciar o bombardeio israelense em Gaza e seu bloqueio, que desencadeou fome generalizada na região, com mais vítimas devido à desnutrição a cada dia.
Gritando slogans em apoio à Palestina, os manifestantes exigiram o fim da fome em Gaza e carregavam faixas com os dizeres “Israel está matando Gaza de fome”, “Parem o genocídio” e “Abram os portões”.
A resposta dura da polícia deixou vários manifestantes feridos, gerando críticas generalizadas nas redes sociais.
As autoridades declararam que o protesto era uma ameaça à segurança pública e ordenaram que a multidão se dispersasse imediatamente. Muitos manifestantes foram detidos após os confrontos.