Na última sexta-feira (19), um grupo de cerca de 4.000 refugiados hondurenhos foram atacados com gás lacrimogêneo pela polícia federal mexicana em Chiapas, depois de quebrarem a cerca instalada na fronteira entre o México e a Guatemala. Os hondurenhos estavam na cidade guatemalteca de Tecún Umán, em abrigos e praças da localidade. Antes de romper a cerca, a vanguarda da caravana já fazia coro:
“Não somos criminosos;
somos trabalhadores internacionais!”.
“Vou feliz, não estamos fazendo nada de mal,
só queremos trabalho”
disse uma mulher que caminhava com uma menina enquanto a caravana entrava pela ponte internacional que une a Guatemala com o México.
Segundo a Casa Branca, um total de 50.924 pessoas foi detidas em abril por tentar entrar nos Estados Unidos, pelo México. É o maior número para este mês desde 2014. Diferente de décadas anteriores, em que este tipo de imigração era realizado, principalmente, pelos próprios mexicanos, agora a imensa maioria vem de pequenos países da América Central, onde a intervenção econômica e militar estadunidense tem sido uma constante desde o século XIX.
